IGATU - A VILA CHARMOSA DA CHAPADA DIAMANTINA


Pela estrada até Igatu
Do Povoado Baixão, em Ibicoara, pensamos em seguir para Mucugê, mas um anjo me disse que era melhor ir para Igatu e assim fizemos. Demoramos cerca de 2 horas e meia.

Passamos por Mucugê, seguimos alguns quilômetros e entramos por uma estrada de terra no maior breu. No caminho um rapaz sozinho com uma enorme mochila e violão, nos acenou pedindo uma carona.  Mais uma vez o anjo cochichou que deveríamos ajudá-lo. Não lembro o nome do rapaz, mas nos contou que era terapeuta, professor de yoga, músico e que vinha de São Paulo para ficar um tempo em Igatu. Disse-nos também que estava com muito medo, pois ouvira vários relatos de encontros com onças na região. Rezou e pediu proteção aos seus pais já falecidos e aí nós aparecemos. Nada é por acaso nesta vida.

Logo na entrada da cidade está a Pousada Flor de Açucena, paramos para conhecer e assim nos despedimos do rapaz que iria encontrar uma amiga.

Na pousada fomos recebidos por um senhor com um semblante bondoso, Sr Jamar, que nos mostrou os quartos e decidimos ficar por 2 noites.

Quarto da Pousada Flor de Açucena

A Pousada Flor de Açucena é muito boa, quartos grandes, ótimo café da manhã em uma área verde. O atendimento é excelente!

Café da manhã na Pousada Flor de Açucena

Igatu é distrito de Andaraí, uma pequena vila de pedras com suas casas coloridas e gente simpática. É remanescente de um período de intensa e próspera exploração do garimpo de diamante negro (industrial). No final do século 19, Igatu chegou a ter uma vida social intensa, incluindo cassino, cabaré, delegacia, mas tudo foi embora quando o garimpo acabou. Tivemos o privilégio de conhecê-la enfeitada para as festas de São João.

Igatu - Chapada Diamantina


Nossos dias em Igatu - Chapada Diamantina


1o. dia
Decidimos fazer a trilha Rampa do Caim. A pousada nos indicou o guia Gagao, antigo morador que trabalhou por muitos anos em São Paulo e retornou quando ficou mais velho. Não é aconselhável fazer sozinho esta trilha, pois não há sinalização.
Sr Gagao nos acompanhou e nos contou mil "causos", mas fala muito *r*
A Trilha Rampa do Caim tem 16 km e não é difícil. É melhor usar calça, pois há muito capim navalha.
Custo do guia: R$ 100,00

Trilha da Rampa do Caim

Vista do Vale do Rio Paraguaçu
Casa de garimpeiro
Sr Gagao e eu em uma casa de garimpeiro
Vista da Rampa do Caim

Vista do Vale do Pati
Poltrona de pedras - Igatu


No final da trilha passamos na Igreja de São Sebastião que estava fechada. Bem próximo fica a linda Galeria Arte & Memória.


Em Igatu não deixe de visitar a Galeria Arte & Memória que é um Museu a Céu Aberto idealizado pelo Artista Visual Marcus Zacariades.

Lá o monitor Rai nos deu uma aula sobre a interessante história de Igatu. Ele é bisneto de um garimpeiro que encontrou um dos maiores diamantes negros da região e presenteou a vila com uma enorme cruz de madeira que foi restaurada e encontra-se exposta na galeria. Vale a pena visitar.

Galeria Arte & Memória - Igatu
Galeria Arte & Memória - Igatu

Na galeria há um café super charmoso. Adoramos.

Café na Galeria Arte & Memória

O jantar foi no delicioso Restaurante Água Boa do querido Neu, pessoa extremamente bondosa. Mais uma vez fomos abençoados: no nosso caminho só pessoas do bem.

Saborosa comida do Restaurante Água Boa
Marido e o querido Neu


2o. dia

Pela pousada passa um rio e ficamos um pouco por lá só contemplando.



Depois fomos passear pela vila, conversamos com alguns moradores e assim nos despedimos deste lugar tão encantador.

Pelas ruas de Igatu - Chapada Diamantina
Pelas ruas de Igatu - Chapada Diamantina

Pelas ruas de Igatu - Chapada Diamantina

Neste último dia conheci dona Angelina, uma doce senhora, que insistiu que entrasse em sua casa, apresentou-me a sua filha e contou um pouco da sua história.

Querida Dona Angelina - Igatu - Chapada Diamantina

"Gratidão é uma carta de Amor que a gente envia para o Universo"

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